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Uma pérola de Cachoeira do Campo


A Igreja de Nossa Senhora das Dores de Cachoeira do Campo, localidade onde fica a fábrica da Ouropretana, é uma dessas igrejas simples por fora, mas que esconde muita riqueza em seu interior. Esta é a primeira igreja brasileira dedicada a Nossa Senhora das Dores. A provável data da construção é 1761. Desde 2010, é tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Ouro Preto.


Há uma tradição, não confirmada por registros históricos, que diz que a Igreja das Dores de Cachoeira do Campo foi utilizadas pelos Inconfidentes para fazer suas reuniões e, também, para vigiar o palácio de campo do governador. A casa pode ser avistada do alto da torre. Hoje, no antigo palácio, funciona um colégio de freiras.


O cemitério, ao lado da igreja, é anterior à construção do templo. Isso porque o local foi escolhido às pressas, para sepultar os corpos dos combatentes da Guerra dos Emboabas, que teve o seu apogeu no distrito, em frente à Matriz de Nossa Senhora de Nazaré. Foi chamado de Monte Calvário o alto do morro escolhido para o sepultamento, sem identificação, dos mortos em combate. Posteriormente, foi construído o muro de pedras que cerca a área. A Igreja das Dores foi construída ao lado, alguns anos depois. O cemitério passou a ser responsabilidade da irmandade. Por conta disso, não foi necessário utilizar campas de madeira no interior da igreja, e o chão foi calçado com lajotas de barro cozido.


O interior é simples e sóbrio, mas com uma surpresa. O forro da nave, que retrata os passos da Paixão de Cristo, do Horto das Oliveiras até a ressurreição, foi pintado por um artista anônimo com inspiração medieval. Os quadros foram pintados com esmero e trazem um estilo totalmente diverso do barroco mineiro.

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