O nome "Itacolomi" tem origem na língua tupi. O termo itá, que significa "pedra", se juntou a kunumĩ, que significa "menino". Há quem diga que o termo significa "menino de pedra", ou "pedra criança", ou "pedra menina". A formação rochosa pode sugerir um adulto e uma criança, lado a lado. A formação rochosa tem 1.772 metros de altitude.
Conta-se que uma expedição à região retornou a São Paulo com pedras bem escuras. Na capital paulista, descobriu-se que elas não eram pedrinhas comuns, mas ouro de aluvião revestido de óxido de ferro. O que se sabia é que o local em que as pedras haviam sido encontradas era próximo a um pico com uma pedra alta, como um adulto, e outra menor, como uma criança, o nosso Pico do Itacolomi. Em 1698, a Bandeira de Antônio Dias finalmente chegou ao local e teve início a ocupação do que, mais tarde, seria Ouro Preto.
O poeta mineiro Belmiro Braga retratou em uma poesia a relação do ouro de Minas Gerais com o minério de ferro também muito presente no Estado:
O ouro e o ferro do Brasil (Belmiro Braga)
Guarda o Brasil nas entranhas
Riquezas tais e tamanhas
que, em palavras mortais,
grande sábio estrangeiro,
num conceito verdadeiro,
disse de Minas Gerais:
- No meu juízo não erro
se lhe avalio o tesouro:
- Dentro em seu peito de ferro
palpita um coração de ouro
Os marianenses gostam de dizer que o Pico do Itacolomi fica, mesmo, é em Mariana. E é verdade. O Parque do Itacolomi perpassa os dois municípios, e a região do pico pertence à vizinha de Ouro Preto. Porém, de Mariana, a visão que se tem é outra. Tanto que do território, ocupado dois anos antes da região de Vila Rica, não foi possível perceber que a formação rochosa do Itacolomi era o marco dos bandeirantes para o encontro do ouro.
Foto: Leonardo Homssi
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